A culinária panamenha é um reflexo da diversidade do país. Com influências afro-caribenhas, indígenas, espanholas e até asiáticas, os sabores do Panamá combinam ingredientes tropicais com técnicas tradicionais. O resultado? Pratos ricos, aromáticos e surpreendentes, perfeitos para quem gosta de explorar culturas através da comida.
Considerado o prato nacional. Uma sopa espessa de frango com legumes e bastante coentro, servida com arroz branco. Simples, mas cheio de sabor.
Arroz cozido com feijão guandú e leite de coco. Tradicional na ceia de Natal, mas encontrado o ano todo nos restaurantes locais.
Banana-da-terra verde frita em rodelas achatadas. Crocante por fora, macia por dentro. Acompanhamento indispensável em muitos pratos.
Carne cozida lentamente em molho de tomate, alho e cebola. Geralmente servida com arroz, patacones ou salada.
Massa de milho recheada com carne e legumes, envolta em folhas de bananeira e cozida no vapor. Receita herdada da tradição indígena.
Peixe branco marinado em limão, coentro e cebola roxa. Fresco, ácido e muito comum como entrada ou petisco.
Pão frito leve e dourado, consumido no café da manhã com queijo, ovos ou até doce.
Mercado de Mariscos (Cidade do Panamá): Um ponto obrigatório para quem quer sentir o sabor da cidade. Localizado à beira da baía, o Mercado de Mariscos é onde os chefs e moradores compram peixes frescos diariamente. O destaque vai para o ceviche de corvina, servido em porções generosas por vendedores locais. Ao redor, quiosques e restaurantes oferecem pratos de frutos do mar com preços acessíveis. 👉 Experiência: comer ceviche com uma cerveja gelada, com vista para o mar e o skyline da capital.
Casco Antiguo: O bairro histórico da capital reúne o melhor da gastronomia contemporânea panamenha. Rooftops e bistrôs ocupam casarões coloniais restaurados, oferecendo pratos que misturam ingredientes locais com técnicas internacionais. Muitos chefs renomados apostam na valorização de produtos regionais. 👉 Experiência: jantar em um rooftop no Casco com vista para o mar, ao som de música latina e pratos autorais.
Feiras de rua e mercados locais: Espalhados pelas cidades e vilas, os mercados são vitrines da cultura alimentar do Panamá. Neles, é possível experimentar tamales frescos, chicharrón, arepas, tortilhas de milho, sucos de frutas tropicais e sobremesas típicas como o "dulce de leche". 👉 Experiência: caminhar por uma feira de bairro e montar uma refeição completa só com delícias de rua.
Rota do Café (Boquete): Nas montanhas da província de Chiriquí, Boquete é conhecida mundialmente pelo café geisha, um dos mais caros do planeta. Várias fazendas abrem suas portas para visitas guiadas, onde é possível conhecer todo o processo — do cultivo à torrefação — e degustar diferentes variedades. 👉 Experiência: tour por uma plantação, seguido de degustação com baristas especializados.
Degustações de cacau e chocolate artesanal: O Panamá está despontando como produtor de cacau fino. Em regiões como Bocas del Toro e Guna Yala, pequenas cooperativas oferecem tours para conhecer plantações e experimentar chocolates artesanais produzidos localmente. 👉 Experiência: provar chocolates de origem direta, com sabores que vão do floral ao cítrico.
Quando visitar Tierras Altas e Boquete, não deixe de explorar as propriedades rurais que produzem os alimentos consumidos no Panamá. Em toda a região, reconhecidos chefs nacionais e internacionais oferecem seus pratos elaborados segundo o conceito “da fazenda para a mesa” (farm to table), cozinhando especialmente com o que é cultivado em sua horta e nos campos mais próximos. Além de delicioso, comer produtos tão frescos beneficia a economia local. Consumir produtos 100% locais é uma forma de investir diretamente nas comunidades do lugar, além de reduzir consideravelmente sua pegada de carbono ao evitar o transporte do alimento que você consome por longas distâncias.
Os restaurantes de Tierras Altas e Boquete que adotam esse conceito utilizam somente ingredientes orgânicos da estação, aproveitando um tipo de cultivo que não acelera a colheita, produz apenas espécies locais e não emprega pesticidas nem conservantes. O trabalho dessas propriedades rurais e restaurantes é tão importante que ganhou prêmios não só por sua excelência na cozinha, mas também por seus esforços ecológicos. Não perca a oportunidade de visitar esses campos, conhecer mais sobre o cultivo orgânico e experimentar sabores mais ousados na diversificada oferta de restaurantes da região.
O café panamenho ganhou o mundo. Descubra as montanhas e fazendas que cultivam e torram um dos cafés mais bem classificados do mundo nos distritos de Tierras Altas e Boquete. Conheça os processos e as pessoas que conquistaram os mais elevados padrões do setor cafeeiro e mergulhe todos os seus sentidos na incrível cultura do café panamenho. O Panamá conta com uma localização geográfica privilegiada, e as montanhas da região guardam condições ainda mais especiais Solos enriquecidos com minerais vulcânicos, ambiente úmido pela influência de ambos os oceanos, condições climáticas apropriadas e, principalmente, uma ampla experiência no cuidado de semeadura, coleta e tratamento.
O resultado não poderia ser outro: a produção do café Geisha, a variedade mais bem avaliada do mundo e que colocou o Panamá no topo dos rankings mundiais. As fazendas em que esse café tão delicioso é produzido se situam de 1.000 a 2.100 metros de altitude, oferecem as melhores paisagens da região montanhosa do país e estão rodeadas de reservas naturais que adicionam um encanto único à experiência. Também somos líderes mundiais. O Best of Panama (BOP) é um leilão internacional em que são catalogadas e vendidas a variedade Geisha e outras que conseguiram encantar os especialistas. Nesse leilão, marcam presença os melhores julgadores nacionais e internacionais para encontrar o verdadeiro valor atrás de cada xícara, e os preços em que o café panamenho é cotado no BOP seguem batendo recordes mundiais.
Bocas del Toro é lar do “ouro negro”, o cobiçado cacau cultivado por mais de 1.000 produtores. A maioria dos agricultores pertence à comunidade indígena Ngäbe-Buglé e oferece diretamente experiências de turismo comunitário nas quais você aprende sobre o cultivo do cacau orgânico, sua comunidade, tradições e relação com a terra. O cacau é uma planta ancestral cultivada na América desde tempos muito antigos. No Panamá, são dedicados mais de 5.000 hectares para a sua produção. As fazendas especializadas melhoraram os processos, obtiveram certificações internacionais de produto orgânico e, além disso, criaram experiências turísticas para apresentar o cultivo a seus visitantes. Ao visitar as fazendas localizadas nas comarcas ou administradas por algum povo nativo, você aprende sobre o significado dessa fruta para seus antepassados, além de conhecer os rituais que evocam seu nome e os processos artesanais de moenda. Lembre-se que, ao participar dessas atividades, você garante não só uma lembrança inesquecível, mas também apoia o esforço de mais de 1.500 famílias que se dedicam ao cultivo do cacau. É um interessante intercâmbio cultural!